domingo, 20 de dezembro de 2009

Evangélicos honestos e evangélicos corrompidos: qual a diferença?


Os evangélicos precisam encontrar quem lhes compre o voto, o corpo, a sensibilidade, o tempo, a criatividade e a energia vital? Como resgatá-los de ideologias constituintes do vilipêndio da pessoa e do corpo, já discriminadas pela cor da pele, pelo tipo de cabelo, pela opção sexual, pelo peso e altura, se aí estão igualados na exposição da mídia como objeto de consumo do poder político? Sem falar do abuso do culto neoevangélico à corrupção (como no mito da Hidra de Lerna, monstro que habitava uma caverna e infestava o pântano por inteiro; serpente imortal, com nove cabeças indestrutíveis, hálito fétido capaz de destruir a vida ao redor).
Evangélicos oram após receberem propina. Parte da informação sobre o vídeo em que aliados do governador do Distrito Federal, alvos da Operação Caixa de Pandora, são denunciados publicamente. Cena repetida na mídia: "evangélicos agradecendo a prosperidade vinda da corrupção". O tema do povo infiel dá o tom para a pré-comemoração do Natal profano. Os textos bíblicos para o Advento, ao contrário, são quase apocalípticos: pregam a conversão, “metanoia”, fazem exigências éticas, criticam o culto e práticas religiosas sem justiça ao povo.
Isso pouco interessa aos neoevangélicos, mais uma vez apontados na corrupção política. O testemunho bíblico, pregação cortante contra a corrupção como aço temperado, é impressionante. Pessoas se comovem e se aproximam para perguntar: “Que devemos fazer?” (Lc 3.7-18). Prova da perplexidade: pessoas perceberam que o batismo cristão tem exigências quanto ao comportamento testemunhal. A resposta indica: “Convertam-se!”. No meio da sociedade brasileira somos iguais? Evangélicos honestos e corrompidos? O tripé que caracteriza a vida moderna -- dinheiro, poder e individualismo -- é a consagração da desigualdade até mesmo no nosso meio. Confundidos com a corrupção, quem diria hoje: “Evangélicos, reserva moral da nação”?
Jamais na história do mundo o culto à individualidade foi tão acentuado. Temos aqui um tempero forte para a religião da prosperidade. Característica principal da (anti)teologia neoevangélica. "Lamento que a religião esteja tão banalizada ao ponto de as pessoas não a verem como serviço a Deus e ao próximo, mas como servir-se da fé e do próximo; isso é uma inversão total de valores bíblicos", disse uma autoridade católica.
A perplexidade está na defesa dessa "religião", e que o povo evangélico se sinta justificado, confundindo ainda mais o que é verdadeiramente prosperidade como retribuição de Deus à fidelidade, fé, confiança (“emunah”), porque não há paz sem justiça em toda a Bíblia. Como admitir que Deus possa ser homenageado pela corrupção, chantageado ou transformado num caixa eletrônico, porque é fiel ao crente corrupto?
Recuperar a concepção da alma evangélica como totalidade viva (“nephesh”, no hebraico bíblico: corpo e alma, vida ética, pessoal e socialmente) torna-se uma tarefa prioritária de reconstrução do conceito para o cristão bíblico (“Eis que faço novas todas as coisas...”, Ap 21.5b). A integridade evangélica sofre violências incríveis, como a ganância pelo poder. Fome, sede, nudez, doença, prisão referem-se a este corpo ameaçado pelo mundo contemporâneo. Sistemas econômicos mortíferos tornam-nos mercadorias vivas (como lagostas no tanque de vidro de restaurante japonês).
Necessitamos da salvação de nós mesmos, inimigos que somos do projeto de Deus, enquanto apoiadores da religião da prosperidade. As multidões, cuja infidelidade é proverbial nas Escrituras, prostituem-se facilmente, por isso não escapam da exortação: “Raça de víboras, façam coisas que mostrem que vocês se arrependeram”. As alegações sobre o pertencimento a um povo eleito, álibi para desafiar as necessidades colocadas pelos profetas, são respondidas com veemência: “Eu afirmo que até dessas pedras Deus pode fazer descendentes de Abraão!”. O Novo Testamento explicita a alegria da justiça e da salvação que chegam. Sendo insensíveis, podemos ser substituídos até por pedras ou elementos naturais (“Digo-vos que, se estes se calarem, as pedras clamarão”).


• Derval Dasilio
(pastor da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil. www.derv.wordpress.com)

Provérbios 5:21 - Nada está em oculto.



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Suponha que um ímpio vá pro céu!

Por um momento, suponha que você, destituído de santidade, tivesse a permissão de entrar no céu. O que você faria ali? Que possíveis alegrias sentiria no céu? A qual de todos os santos você se achegaria e ao lado de quem se assentaria? O prazer deles não é o seu prazer; os gostos deles não são os seus; o caráter deles não é o seu caráter. Como você poderia sentir-se feliz ali, se não havia sido santo na terra?

Talvez agora você aprecie muito a companhia dos levianos e descuidados, dos homens de mentalidade mundana, dos avarentos, dos devassos, dos que buscam prazeres, dos ímpios e dos profanos. Nenhum deles estará no céu.

Provavelmente, você ache que os santos de Deus são muito restritos, sérios e individualistas; e prefere evitá-los. Você não encontra nenhum prazer na companhia deles. Mas não haverá no céu qualquer outra companhia.

Talvez você ache que orar, ler a Bíblia e cantar hinos são realizações monótonas e estúpidas, coisas que devem ser toleradas aqui e agora, mas não desfrutadas. Você reputa o dia de descanso como um fardo, uma fadiga; provavelmente, você não gasta mais do que uma pequeníssima parte deste dia na adoração a Deus. Lembre-se, porém, de que o céu é um dia de descanso interminável. Os habitantes do céu não descansam, noite e dia, clamando: “Santo, santo, santo é o Senhor, Deus todo-poderoso” e cantam todo o tempo louvores ao Cordeiro. Como poderia um ímpio encontrar prazer em uma ocupação como esta?

Você acha que um ímpio sentiria deleite em encontrar-se com Davi, Paulo e João, depois de ter gasto a sua vida na prática daquelas coisas que eles condenaram? O ímpio pediria bons conselhos a estes homens e acharia que tem muitas coisas em comum com eles? Acima de tudo, você acha que um ímpio se regozijaria em ver Jesus, o Crucificado, face a face, depois de viver preso nos pecados pelos quais Ele morreu, depois de amar os inimigos de Jesus e desprezar os seus amigos? Um ímpio permaneceria confiantemente diante de Jesus e se uniria ao clamor: “Este é o nosso Deus, em quem esperávamos” na sua salvação exultaremos e nos alegraremos. (Is 25.9)? Ao invés disso, você não acha que a língua de um ímpio se prenderia ao céu de sua boca, sentindo vergonha, e que seu único desejo seria o ser expulso dali? Ele haveria de sentir-se estranho em um lugar que ele não conhecia, seria uma ovelha negra entre o rebanho santo de Jesus. A voz dos querubins e dos serafins, o canto dos anjos e dos arcanjos e a voz de todos os habitantes do céu seria uma linguagem que o ímpio não entenderia. O próprio ar do céu seria um ar que o ímpio não poderia respirar.

Eu não sei o que os outros pensam, mas parece claro, para mim, que o céu seria um lugar miserável para um homem destituído de santidade. Não pode ser de outra maneira. As pessoas podem dizer, de maneira incerta, que “esperam ir para o céu,” mas elas não meditam no que realmente estão dizendo. Temos de ser pessoas que possuem uma mentalidade celestial e têm gostos celestiais, na vida presente; pois, do contrário, jamais nos encontraremos no céu, na vida por vir.

Agora, antes de prosseguir, permita-me falar-lhe algumas palavras de aplicação. Pergunto a cada pessoa que está lendo este artigo: você já é uma pessoa santa? Eu lhe suplico que preste atenção a esta pergunta. Você sabe alguma coisa a respeito da santidade sobre a qual lhe estou falando? Não estou perguntando se você costuma ir regularmente a uma igreja, ou se você já foi batizado, ou se você recebe a Ceia do Senhor, ou se tem o nome de cristão. Estou perguntando algo muito mais significativo do que tudo isso: “Você é santo ou não?”

Não estou perguntando se você aprova a santidade nos outros, se você gosta de ler sobre a vida de pessoas santas, de conversar sobre coisas santas, de ter livros santos em sua mesa, se você sabe o que significa ser santo ou se espera ser santo algum dia. Estou perguntando algo mais elevado: “Você mesmo é um santo ou não?”

E por que eu lhe pergunto com tanta seriedade, insistindo com tanto vigor? Faço isto porque a Bíblia diz: “Segui... a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Está escrito, não é minha imaginação; está escrito, não é minha opinião pessoal; é a Palavra de Deus, e não a do homem: “Segui... a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

Que palavras perscrutadoras e separadoras são estas! Que pensamentos surgem em meu coração, enquanto as escrevo! Olho para o mundo e vejo a maior parte das pessoas vivendo na impiedade. Olho para os cristãos professos e percebo que a maioria deles não têm nada do cristianismo, exceto o nome. Volto-me para a Bíblia e ouço o Espírito Santo: “Segui... a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

Com certeza, este é um versículo que tem de fazer-nos considerar nossos próprios caminhos e sondar nossos corações; tem de suscitar em nosso íntimo pensamentos solenes e levar-nos à oração.

Você pode menosprezar estas minhas palavras, dizendo que tem muitos sentimentos e pensamentos sobre estas coisas, mais do que muitos podem imaginar. Entretanto, eu lhe respondo: “Isto não é mais importante. As pobres almas no inferno fazem muito mais do que isto. O mais importante não é o que você sente e pensa, e sim o que você faz.”

Você pode argumentar: “Deus nunca tencionou que todos os cristãos fossem santos e que a santidade, conforme a descrevemos, é apenas para os grandes santos e para pessoas de dons incomuns.” Eu respondo: “Não posso encontrar este argumento nas Escrituras; e leio que ‘a si mesmo se purifica todo o que nele [em Cristo] tem esta esperança.’” (1Jo 3.3). “Segui... a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14).

Você pode argumentar que é impossível ser santo e, ao mesmo tempo, cumprir todos os nossos deveres nesta vida: “Isto não pode ser feito.” Eu respondo: “Você está enganado.” Isto pode ser feito. Tendo Cristo ao nosso lado, nada é impossível. Outros já fizeram isto. Davi, Obadias, Daniel e os servos da casa de Nero, todos estes são exemplos que comprovam isto.

Você pode argumentar: “Se nos tornássemos santos, seríamos diferentes das outras pessoas.” Eu respondo: “Sei muito bem disso. Mas é exatamente isso que você deve ser. Os verdadeiros servos de Cristo sempre foram diferentes do mundo que os cercava – uma nação santa, um povo peculiar. E você tem de ser assim, se deseja ser salvo!”

Você pode argumentar que a este custo poucos serão salvos. Eu respondo: “Eu sei disso. É exatamente sobre isso que nos fala o Sermão do Monte. O Senhor Jesus disse, há muitos séculos atrás: ‘Estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela’ (Mt 7.14). Poucos serão salvos, porque poucos se dedicarão ao trabalho de buscar a salvação. Os homens não renunciarão aos prazeres do pecado, nem aos seus próprios caminhos, por um momento sequer.”

Você pode argumentar que estas são palavras severas demais; o caminho é muito estreito. Eu respondo: “Eu sei disso; o Sermão do Monte o disse.” O Senhor Jesus o afirmou há muitos séculos atrás. Ele sempre disse que os homens tinham de tomar a sua cruz diariamente e mostrarem-se dispostos a cortarem suas mãos e seus pés, se quisessem ser discípulos dEle. No cristianismo acontece o mesmo que ocorre em outros aspectos da vida: sem perdas, não há ganhos. Aquilo que não nos custa nada também não vale nada.

Nesta época moderna, de uma crença fácil, igrejas e evangelistas estão proclamando que não há nenhum custo em ser um verdadeiro cristão e que, se você já “aceitou a Jesus, como seu Salvador pessoal,” você está salvo, não importando qual será a sua vida posteriormente. Você já pensou que sem santidade ninguém verá o Senhor? Isto não deixa qualquer espaço para o moderno conceito do “crente carnal.” Aquele que vive em um estilo de vida carnal irá para o inferno, não importa em que ele afirma crer. Você é santo?

J. C. Ryle

Vida financeira próspera.



Faz bastante tempo que não apareço aqui no blog, e isso não é bom. Mesmo que ele não tenha audiência global, escrever aqui e em qualquer outro lugar que possa demonstrar minha impressão sobre várias coisas, é realmente importante pra mim, por isso vou tentar não me afastar mais por tanto tempo.
Hoje vou comentar aqui sobre um assunto que realmente me deixa bastante triste. A muito tenho ouvido de todas as partes e veículos de comunicação sobre os escândalos que vem tomando o meio cristão ultimamente, são escândalos realmente preocupantes do ponto de vista legal e ético, e que com certeza não podem passar batido da Igreja de Jesus Cristo verdadeiramente comprometida com o seu ministério.
O que eu vejo muito, são "cristãos" não libertos por Jesus e com falta de dissernimento que chegam até a condenador qualquer um que ouse questionar tantas acusações contra líderes famosos que regem nossas igrejas nos dias atuais. Digo "cristãos" não libertos, porque esses ainda vivem sob o jugo de uma manipulação inteligente pensada justamente para desviar os olhos e os pensamentos deles para outro lugar que seja bem longe de Jesus, e quem vive sob qualquer jugo não foi liberto pelo sacrifício da cruz.
Graças a Deus não estou sob este jugo e oro sempre pra que Deus não permita que eu esteja sob nenhum outro, portanto, eu vou falar aqui sobre isso porque pra mim, tudo isso que acontece nas nossas igrejas hoje está muito longe de Jesus e do que ele ensinou, e no meu blog vamos falar de Jesus e das coisas que ele ensinou e não nos deixar levar pelas mentiras que inventam usando-o como costa larga pra bancá-las.
Não é novidade pra ninguém as milhares de igrejas espalhadas pelo Brasil e pelo mundo afora especializadas em conseguir ofertas generosas de seus integrantes, que mesmo às vezes não tendo nem pra comer, doam tudo com a promessa de receber muito mais que o dobro do Deus rico e poderoso pra quem não existem limites na hora de recompensar servos generosos.
Desde esse início a coisa já andava errada e isso faz com que muitas pessoas de fora da igreja e alheias as verdade bíblicas evitem ainda mais o evangelho por medo e/ou convicção de que tudo não passa de uma conversa fiada pra enganar otários.
A verdade é que isso tudo virou sim um grande comércio que vive de lucrar em cima da boa e má fé dos outros. Milhões de pessoas estão indo às igrejas procurar um Deus que ao invés de fazer maná cair do céu, faz dinheiro cair, e pastores ainda mais mal intecionados, se aproveitam da situação, muitas vezes ruim dessas pessoas, para conseguir um enorme lucro financeiro e o que é muito pior, pessoal. Porque se a instituição 'igreja' arrecadasse muito com o único propósito de manter projetos sociais, missionários e para manter os templos e os pastores com salários justos e corretos, tudo bem, não teria o que se falar de roubo, posto que é para isso que o dinheiro deveria servir, é este o fim que a bíblia destina a esse dinheiro, mas infelizmente não é o fim que estão dando à ele.
Com isso não digo que não se deve dizimar nem dar ofertas, (eu mesma, junto com meu marido, dizímo e tiro oferta) os dízimos e ofertas são demonstração de fidelidade a Deus, visto que do muito ou pouco que temos, tudo é dEle, foi ele quem nos deu, não interessa se temos muito ou pouco dinheiro, tudo provem dele, e como gratidão pela provisão do Senhor em todo o tempo, devemos dizimar com uma parte dos ganhos que temos. O problema não é o dízimo, é o que têm sido feito com ele e o que tem sido ensinado sobre ele.
A lei da semeadura tem sido usada como base pra esses assaltos em nome de Deus: "O que você semear, isso colherá! SE você semear muito isso colherá, se semear pouco ou nada, o que vai colher?". Verdade, mas a maioria dos textos bíblicos usados pra justificar essa roubalheira toda, nada têm haver com dinheiro ou prosperidade financeira, tem haver com bondade, fé, amor e paz. São essas coisas que quando lemos a bíblia podemos claramente enxergar como os maiores desejos de Deus para nossa vida. Se plantarmos coisas e sentimentos ruins na nossa vida eles vão brotar, assim como se plantarmos propósitos e ambições banais isso também vamos colher. O texto nem de longe fala de dinheiro porque o dinheiro apesar de ser importante em muitas ocasiões e nos proporcionar conforto, não determina nosso estado de espírito, e é descrito na bíblia como a raíz de todos os males. Ricos não tem menos problemas do que os pobres, tem outros problemas tão ou mais graves do que os mesmos, porque o dinheiro nunca deu e nem nunca dará a paz a ninguém que o busque como fonte de felicidade. Igreja de Deus não foi edificada pra caçar tesouros, foi edificada pra transformar vidas, pra testemunhar do amor e do poder de Deus sobre nós e nossos sentimentos mais ocultos, mais podres.
Deus não tá nem um pouco preocupado com a nossa conta bancária, porque ele é Deus, e acima de tudo conhece nossas necessidades e sabe que não é o dinheiro que as mantêm. O que nos mantêm é o amor e a fé, é a esperança de que mesmo com uma vida muitas vezes dura, que parece nunca caminhar pra melhor, nós podemos contar com Ele que é nosso esteio e nossa fortaleza na hora da angústia. A certeza de que se o tivermos conosco as promessas de vida abundante pro nosso espírito seguir em paz, irão se cumprir, e de que nós, independente da situação, poderemos ser felizes porque ele é quem nos dá a alegria, e sem ele nada pode ter valor.
O dízimo é uma demonstração de amor! Deus não precisa do seu dinheiro pra nada, ele pode manter o ministério e os filhos espalhados por este mundo cumprindo a missão de anunciar Jesus, sozinho. Mas nós não ofertamos porque ele precisa, ofertamos por amor. Amor a Deus, amor a missão de levar sua palavra, amor as pessoas que vivem e sofrem com as necessidades mais básicas de um ser humano não supridas, amor às vidas que morrem de fome e carentes de Deus. A palavra de Deus diz que só amando ao próximo como a nós mesmo nós poderemos amar a Deus. Se o nosso dinheiro ofertado não servir pra Deus operar sobre a vida de outras pessoas, vai servir pra quê?
Pra bancar pastor safado, é pra isso que vai servir. Porque se ofertamos esperando que Deus nos dê dinheiro em dobro do que lhe oferecemos, não podemos esperar mais do que temos tido. Dinheiro roubado! Sim, porque o que plantamos , isto colheremos!
Plantemos ganância, ambição e barganhas com Deus e veremos o que vamos colher! Continuemos indo à Jesus por causa do carro do ano que ainda não chegou, da reforma da casa que está pendente, da tão sonhada casa na praia, ou do salário de executivo que achamos que merecemos porque em sacríficio à ele, buscando tudo isso, oferecemos mais do que podíamos, e veremos onde ainda vamos parar.
Não é esse sacrifício que Deus quer de nós, o único sacríficio que interessa à ele que façamos, é o de sacrificar a nossa própria vida, as nossas vontades, os nossos egoísmos e desejos mesquinhos, é o de entregarmos a nossa vida em integridade e amor, à ele, que nem a vida do seu próprio filho nos negou.
Não pense que você entregando seu dinheiro vai estar impressionando Deus, porque ele não tá nem aí pra sua doação se ela for feita com propósito de aparecer, de impressionar ou de lucrar uma hora ou outra. Ele com certeza vai se alegrar se você doar por amor, pensando naquele irmão que não tem nada e que tanto precisa da sua ajuda, mas vai se alegrar sobre maneira com você, se além disso você buscar um coração reto, íntegro, que esteja de acordo com tudo o que ele, como Deus do amor que é, quer para nós como filhos do amor que somos.
Viver bem é bom, ter conforto é bom, mas como seguidores do evangelho, não é isso que devemos buscar. Não está errado ser um bom empregado pra ter uma boa promoção, ou estudar bastante pra subir na vida e poder viver um pouco melhor, não é pecado ter sonhos, isto tudo só não pode tomar o lugar de Deus nas nossas vidas. Isso não deve nunca ser tomado como objetivo maior de vida, porque este lugar tem que ser ocupado por Deus e pelos propósitos que ele designou que seguíssimos conforme a sua vontade.
Que possamos ir à Jesus pra buscar transformação de alma, e não pra buscar transformação financeira, que busquemos ajuntar tesouros no céu que é a nossa verdadeira pátria, como Jesus nos ordenou, e nao buscar tesouros materias que não podererão nos trazer jamais a felicidade e a paz que só o espírito santo de Deus em nós, pode proporcionar.
Jesus nunca foi rico, ao contrário, viveu uma vida de privações, era filho de carpinteiro, nascido na cidade mais pobre de Israel, a bíblia diz que o filho do homem não tinha nem onde reclinar a cabeça. Ele nunca nos prometeu riquezas, dinheiro, possses, ele nunca nos disse que os que estão nele vivem bem, tem privilégios, ao contrário, os que vivem nele, segundo ele próprio seriam perseguidos, passariam por tribulações, sofreriam, seriam humilhados, passariam privações, mas teriam bom ânimo, seriam alegres porque venceriam todas essas coisas por meio do amor dele que estaria neles.
Ele nunca nos ensinou a ser ambiciosos, a buscar uma vida de luxos e riquezas, mas nos fez entender que tudo isso é vão, se não formos dentro de nós, comprometidos com a verdade e com o amor em todas as instâncias da vida.
Já em relação aos pastores ladrões, vai ficar pro próximo post, hoje queria falar mais à igreja, que somos eu e você, dentro de nós, com o que temos e com o que sentimos. Pois é com o que há em nós que determinamos se somos ou não de Deus. É esta igreja que precisa estar atenta à suas próprias necessidades e à vontade do criador pra suas vidas.
Muitas coisas estão acontecendo porque não temos sabedoria pra separar o que é certo e o que é errado independente da nossa conveniência, e se nós não tomarmos a atitude de sermos diferentes e melhores diante de Deus e do mundo em que vivemos, não existem denúncias que possam frear essa grande onda de corrupção dentro das nossas igrejas.
Já temos a Bíblia que é nossa bússula pra nos direcionar pro caminho da salvação, o que estamos fazendo quando damos margem para que falsos profetas nos guiem no lugar dela?
Porque nos deixamos levar por essas teorias não sei do que e não sei das quantas, e por esses 'profetas' de Deus que só falam o que queremos ouvir a respeito daquilo que mais massageia nosso ego, que é o dinheiro?
O Senhor diz na sua palavra que o seu povo padece por falta de conhecimento, e é exatamente assim que eu enxergo as nossas igrejas hoje, padecendo.
Termino este desabafo com uma frase de um grande escritor e defensor do evangelho que se chama Caio Fábio,
"Todas as coisas que existem 'fora de nós' dependem do nosso aval espiritual afim de poderem existir para nós."

Que Deus nos dê olhos pra enxergar e ouvidos para ouvir, para que nao estejamos cegos e surdos neste últimos dias em que mais do que nunca, precisamos estar vigilantes;






Com amor, Thábata.