terça-feira, 4 de dezembro de 2007

8 Months




Tanto tempo que nem parece. Mas porque será que não parece ser tanto?!
Não é por falta do sentimento de falta, aliás nunca um sentimento me acompanhou com tanta lealdade quanto essa saudade que insiste em ficar comigo dia após dia. Mas já aprendi a conviver com ela. Grande professora. Talvez eu esteja aprendendo na exata medida que preciso pra enfrentar desafios bem maiores em prol do grande objetivo.
Mas continuemos a tentar encontrar a resposta para a pergunta inicial. Então, já que a saudade não tem se apartado de mim, porque será que parece tão pouco tempo desde o início desses 8 meses?!
Todos os dias eu acordo como se estivesse acabado de começar a contar o tempo que eu teria que esperar, não é como se estivesse passando, pra mim é mais como se sempre recomeçasse, zerando o contador das horas sempre que acordo, e novamente parece que se passou pouco, e que portanto ainda demora a chegar o dia que eu espero.
Então 8 meses me parecem só mais algumas horas depois da triste despedida. O tempo que deveria ser muito e favorável, dentro de mim transformasse em pouco e inimigo. E é nessa hora que eu começo a desejar que passe o tempo, que ele chegue, o tempo em que eu realizarei aquilo que a minha alma anseia, o encontro com a outra parte da minha alma que está tão saudosa de mim quanto eu dela.
Parece que não passa porque o meu desejo de ter é maior do que a minha percepção de tempo. Parece que não passa porque a minha cabeça se ocupa mais em se apegar à lembrança da outra parte de mim do que a contar tempo e kilometros que nos separam. Parece pouco porque eu vejo o seu sembrlante totalmente nítido em cada manhã, como se na noite passada fosse a última vez que ele estivesse estado comigo. Parece pouco porque aqui dentro cresce na proporção do tempo um sentimento maior do que a saudade, do que a falta, e que ocupa o meu peito e não deixa lugar pra maiores lamentações, só dá espaço a um louvor em ação de graças pela dádiva de pertencer a alguém.
O amor não se cansa. Ele tem me feito companhia.
Parece pouco porque ele existe.

Thábata.